O poder e o consumo das imagens


Sabe aquela velha frase do Confúcio de que “Uma imagem vale mais do que mil palavras”? É nela que irei me basear para escrever esse texto.

As imagens tem um papel importante quando se trata de estimular nossas emoções. Podemos nos lembrar de uma imagem por vários anos ou nos esquecer desta imagem em questão de horas, dias e até mesmo meses. Quando bem elaborada, a imagem transmite com clareza sua mensagem.

Uma imagem que choca bastante quem a vê é a da criança sudanesa sendo observada pelo abutre, fotografada em 1993 pelo fotojornalista Kevin Carter. A imagem foi responsável pela ascensão do fotografo e lhe rendeu o Prêmio Pulitzer de Fotografia no ano seguinte.

Outro exemplo recente de imagem que teve uma grande repercussão e cheia de emoções nas mídias sociais foi a do menino sírio Aylan Kurdi de três anos de idade que morreu afogado.

Mais nem todas geram um efeito positivo ou negativo em nossas vidas. Com a velocidade da informação a todo vapor, as imagens que são transmitidas por aparelhos de TV ou até mesmo pelo cinema acabam se tornando mais convidativas. Também existe uma facilitação na produção e recebimento de conteúdo que são publicados nas mídias sociais.

Em seu livro “O Universo das Imagens Técnicas: elogio da superficialidade”, Flusser faz um destaca em um trecho que:  

“A nossa situação face às imagens é esta: as imagens projetam sentidos sobre nós porque elas são modelos para o nosso comportamento. Demos entusiasmar-nos, para em seguida codificar o nosso entusiasmo em determinados gestos. Os modelos funcionam porque mobilizam em nós tendências recalcadas, e porque paralisam as nossas faculdades criticas e adormecem a nossa consciência.” (FLUSSER, 2008, p. 82)

A todo instante somos impactados de alguma maneira com imagens, sejam elas fotografias ou audiovisuais, mas as imagens publicitárias parecem causar um impacto maior já que somos atingidos pela cultura de massa.

Castells (1999) menciona que ao mesmo tempo em que “as redes interativas de computadores estão crescendo exponencialmente, criando novas formas e canais de comunicação, moldando a vida, ao mesmo tempo, sendo moldadas por ela”, o que é possível entender que em uma sociedade consumista os meios de comunicação precisam veicular essas imagens, porém acabam sendo feito de “reféns” já que necessitam fazer merchandising, ou seja, fazer a promoção de um produto e/ou serviço.

Um ponto importante no livro de Flusser que pode complementar a teórica da Castells é de que “Queremos e fazemos o que as imagens querem e fazem, e as imagens querem e fazem o que nós queremos e fazemos”. De maneira mais simples possível: manipulam para sermos manipulados.

Em sua obra “MacLuhan por MacLuhan: conferências e entrevistas”, o autor parece sentir incomodado por todo o encantamento que as mídias têm perante o expectador que fica enfeitiçado com a veiculação de tais imagens.

 “...enquanto antes o problema da identidade era o da escassez da pobreza, agora se tornou problema da abundância e da superfluidade. Somos individualmente esmagados pela consciência coletiva e pela experiência inclusiva da humanidade, tanto passada, como presente”.  (MACLUHAN, 2005, p. 86)

Independentemente do papel que a imagem tenha perante aos nossos olhos, ela pode seguir apenas dois caminhos: vender e informar. Resta apenas para nós, uma sociedade consumista, saber filtrar as informações transmitidas por essas imagens.

A guerra dos vídeos instantâneos


O único aplicativo que tinha esse recurso alguns anos atrás é o Snapchat que foi lançado em 2011, mas só se popularizou em 2013. Em novembro de 2013 o Facebook tentou comprar a rede social, mas teve a oferta recusada pelos fundadores do Snapchat que diziam que o valor de três bilhões de dólares era baixo.

Para quem ainda desconhece, o Facebook comprou o Instagram em 2012 que na época era apenas o aplicativo mais conhecido de publicação de fotos. Dois anos depois, o Facebook compra o WhatsApp e em 2016 o Stories do Instagram é lançado.

Como se não bastasse ter o mesmo recurso em aplicativos diferentes - Instagram e Messenger - a novidade chega também no principal aplicativo da rede de Mark Zuckerberg. O recurso é similar ao Snapchat. As imagens e vídeos ficam disponíveis por até 24 horas.

Há quem estranhe toda essa novidade de vídeos instantâneos em alguma rede social, mas não se assuste já que essa guerra não é sua e muitos usuários já devem ter notado a guerra oculta entre as duas redes sociais. E essa briga não é recente.

Ameaça ao fantasma: é claro que o fundador do Snapchat, Evan Spiegel, sabe da rivalidade existente entre ambos os apps, mas o que ninguém sabe é quando essa briga terá fim e quem levara a melhor. Pelo jeito a briga entre os CEOs Spiegel e Zuckerberg vai longe.

É possível alguém “não curtir” essa novidade?

Sim e aconteceu recentemente. Quem não se lembra da atualização do “status” do WhatsApp?

Em Fevereiro deste ano, o WhatsApp atualizou seu aplicativo adicionando um novo recurso de "status", que tinha função semelhante ao Stories do Instagram e ao Snapchat o que acabou gerando certa polêmica entre os usuário que achavam mais prática a versão antiga.

O que era para ser uma novidade acabou desagradando muitos usuários. A repercussão negativa fez o WhatsApp voltar atrás com a versão antiga do aplicativo onde os usuários poderiam escrever suas frases.


Depois desse "episódio" desagradável é possível aprender e compreender que nem sempre será possível agradar a todos. Sempre terá quem goste ou não de alguma novidade.

A falta do bom senso no ambiente de trabalho



Quem nunca passou por uma situação de pequenos conflitos que atire a primeira pedra. É uma situação chata que gera um estresse em alguns funcionários, enquanto que outro funcionário acaba tirando proveito disso por ter descoberto um ponto fraco.

É claro que fica um clima desconfortável e/ou desagradável para todos os demais funcionários que ficam no meio desse “fogo cruzado”.  A autoestima desse funcionário, que acaba sendo intimidado, vai lá embaixo e é nesse momento ao sofrer algum tipo represália no local de trabalho que ele começa a se questionar “O que é que estou fazendo aqui?”

E o que deve ser feito? No meu ponto de vista existem dois tipos de caminho que podem ser escolhidos no final da bifurcação: ignorar ou resolver. A segunda opção é a mais viável.

Você sendo um funcionário tente ignorar o máximo possível. É claro que o seu colega de trabalho vai tentar tirar a sua paciência por saber o seu ponto fraco, mas não tente entrar no jogo dele já que é isso que ele quer: que você perca a paciência e isso pode te prejudicar. E não tenha dúvidas de que ele ficará contando vantagem, dando risadinhas e fazendo comentários com outros colegas de equipe daquilo que ele considera um “prêmio”.

Às vezes algumas situações vão te deixar com os nervos a flor da pele, mil questionamentos começa a surgir em sua mente, mas não se desespere. Desespero nunca foi a solução mais eficiente em nada. Tenha uma conversa franca com o gestor sobre o que está acontecendo para que ele tome alguma providencia.

Você sendo um líder de equipe ouça o que o funcionário tem a dizer. Não deve ser a primeira vez que o problema acontece para que este funcionário vá até você para conversar. Escute o que ele tem a dizer e tente resolver esse conflito.

Muitas vezes existe apenas um funcionário que é egoísta demais e acaba se esquecendo de que existe algo conhecido como bom senso e este opta por gerar todo o conflito por conta de uma bobeira que nem deveria ter começado.

Já dizia aquela velha frase: “Quando um não quer dois não brigam”, mas quem dera valesse na realidade do nosso cotidiano. Os conflitos começam por diferença de perfil, alias ninguém é igual ao outro e também nas diferenças de opiniões. Ninguém é obrigado a gostar de ninguém, mas é preciso ter o mínimo de respeito. Um mínimo de bom senso para que o ambiente não vire um mar revolto.

Não seja um por quê


Se você me perguntar se eu assisti a “13 Reasons Why” (Os 13 Porquês), a minha resposta será sim e para uma série original, a Netflix mandou muito bem. Se vale a pena assistir? Com certeza.

O seriado conta a história de Hannah Baker que tenta ser feliz, mas não consegue. Podemos dizer que seu pior pesadelo começa quando ela tem uma foto "vazada", outros adolescentes acabam por fazer comentários maldosos e com isso Hannah é mal interpretada por seus colegas. Tem também o único rapaz do colégio que gosta dela verdadeiramente e que não sabe lidar muito bem com a paixão que sente por essa garota e por ser tímido e introvertido acaba sendo vítima dos valentões do colégio.

Sem saber como pedir ajuda e a quem recorrer, Hannah tira a própria vida. Ao longo dos capítulos, somos convidados a entender os motivos de um final que já sabemos e que, mesmo sendo meros expectadores, é possível ter a sensação de angústia de não poder evitar o pior, enquanto a protagonista esta desesperada por ajuda, mas sem ninguém com quem possa contar. Tentamos encaixar uma peça do quebra-cabeça nos perguntando “E se...?”, mas nunca saberemos a resposta.

E antes de tirar a própria vida, Hannah grava 13 fitas cassetes do porquê de ter cometido suicídio contando um pouco sobre o envolvimento de cada pessoa. O seriado não retrata apenas o bullying escolar, mas também a misoginia, o machismo, o preconceito e a violência.

Para quem ainda acha que preconceito e bullying são coisas do passado, um fruto da imaginação, uma simples brincadeira ou um drama de adolescente, o seriado serve de lição para aqueles que preferem não enxergar o obvio e ignorar os fatos.

Mas falemos das Hannah’s da vida real. Claro que muitos já sofreram nas mãos dos valentões da escola. Sem falar nos apelidos que inventam logo nos primeiros anos do colégio. Tem também algumas humilhações que podemos sofrer na frente de nossos colegas. Vale lembrar que de uns anos para cá, temos presenciado na Internet o cyberbullying.

Somos impactados de alguma forma pela mídia e que nem percebemos: quantas vezes vimos alguma notícia na mídia sobre alguém que teve suas fotos íntimas divulgadas? Ou o quanto alguém foi repreendido de alguma maneira por algum valentão?

Vivemos em uma sociedade que julga todos os dias, toda hora e a cada segundo. Estamos rodeados de pessoas que fazem certas “brincadeirinhas”, mas que no fundo podem machucar mais do que se possa imaginar. Não medimos nossas palavras, simplesmente as lançamos aos ventos sem ter noção do estrago que podem fazer. Elas impactam de alguma maneira na vida de alguém. Claro que tem gente que vai comentar por aí que “foi preciso uma série e blá blá blá...", mas é uma maneira de mostrar que o problema existe e que é preciso trazer e abordar um assunto da ficção para a vida real.

Tudo está diretamente ligado na forma como tratamos o outro.