O dia hoje amanheceu nublado e com algumas gotas de chuvas. Poderia ter sido um dia normal, mas não foi. O dia estava estranho, aí você descobre pelo noticiário que teve um acidente aéreo e que tinha brasileiros no voo. Pouco tempo depois descobre que alguns jogadores e comissão técnica do Chapecoense estavam nesse voo.
Você pode não ser um torcedor fanático
pelo seu time, ou nem torcer por nenhum, mas com certeza você se sensibilizou
com a tragédia do voo da Colômbia. E ficou embalado com um sentimento estranho o
dia inteiro.
Hoje não vestimos a camisa do
nosso time, não cantaremos o hino, não teremos rivalidade e nem gritaremos gol.
Vestimos a camisa em prol da solidariedade com as vítimas do voo que caiu na Colômbia.
Somos seres humanos. Somos um só time.
Paramos para refletir sobre a
nossa vida e então começa a vir um flashback na nossa cabeça. Toda a história
da sua vida até esse exato momento: o agora. Questionamos-nos se estamos fazendo
nossa vida valer a pena. Lembramos que amanhã tudo pode mudar.
A vida é uma linha que ao longo
do caminho pode se emaranhar de nós. Não sabemos ao certo como e quando essa
linha vai acabar. Nunca sabemos o que nos espera, nem sempre dizemos o quão algumas
pessoas são importantes na vida da gente, nem sempre respiramos novos ares ou experimentamos
novos sabores, nem sempre temos tempo e acabamos deixando tudo para depois. Mais
quando será esse depois?
Perdoe e viva mais, agradeça e
não perca tempo em estar ao lado daqueles que querem o seu bem. Guardar rancor
pra quê? Não vale a pena se alimentar com sentimentos que não lhe faz bem. Nada
se leva dessa vida, o que fica são as sementes das lembranças de que ficam na memória
daqueles que foram próximos da gente. Que possamos valorizar mais a vida e as
pessoas que amamos.
Não lembremos apenas das vítimas da
equipe do Chapecó, mas também dos tripulantes e profissionais da imprensa. Pessoas
que não se tornaram campeãs na Terra, mas serão eternas campeãs no céu.
Como disse Oscar Niemeyer, “A
vida é um sopro”. E que sopro.