Impossível
não se sensibilizar com a tragédia do voo com o time da chapecoense. Até mesmo
um coração de gelo acaba se derretendo e compartilhando da dor que tomou um
país inteiro. E quando esse gelo derrete acaba se transformando em lágrimas.
A
chuva que caia durante o cortejo e durante o velório não é um fenômeno da
natureza. São lágrimas de um país inteiro demonstrando solidariedade. Mesmo que
você nunca tenha conhecido nenhuma das vítimas do voo, não tenha vergonha de
chorar. Não é feio e nunca será.
Eu
vi a dona Alaíde, mãe do goleiro Danilo, fazer o que mais ninguém ousou fazer:
perguntar a um repórter do SporTV como ele estava se sentindo por ter perdido
colegas de profissão que deixaram o filho dela e os outros membros do time conhecidos.
E então ele desabou a chorar. Uma mãe que em meio a dor teve um gesto nobre.
Ambos se abraçaram e compartilharam da mesma dor.
Eu
vi e li por meio da mídia a solidariedade do povo colombiano. No dia em que
seria o jogo da Chapecoense contra o Atlético Nacional, os colombianos foram ao
estádio prestar sua homenagem às vítimas do voo. Vestiram-se de branco e
acenderam velas em memória daqueles que partiram de uma forma trágica. #GraciasColombia
Eu
vi times de futebol do mundo inteiro fazendo um minuto de silêncio para prestar
sua homenagem àqueles que se foram. Eu vi profissionais da imprensa
homenageando seus colegas de trabalho que foram vítimas desse trágico acidente.
E
como não se lembrar do trecho da música da cássia Eller, "Estamos
indo de volta pra casa". Hoje os guerreiros puderam retornar para casa
nos aviões da FAB. Foram de um jeito para voltar de outro. Voltaram e foram
recebidos de uma maneira diferente. Os guerreiros voltaram para o seu
campo de batalha onde serão eternizados e lembrados como campeões. Foram em
busca de um sonho, mas voltaram como lendas.
Podemos
até não ser fanáticos por futebol, mas somos seres humanos. Temos um coração.
Não somos feitos de aço. Temos sentimentos. Futebol deixou de ser apenas um
grito de gol para um dos lados. Os clubes brasileiros se uniram por uma causa.
Torcidas tornaram-se uma só. Que a união dos povos ultrapasse fronteiras,
culturas e que o grito de gol seja contra toda adversidade. Enquanto houver
solidariedade, sempre seremos humanos.
Dor,
amor, luto e união. Estas quatro palavras resumem bem o sentimento de uma nação
nos últimos dias. Em meio a esse turbilhão de emoções, que o verde possa trazer
esperança para toda uma população e que as famílias tenham forças para superar
este momento difícil.
#forçaChape
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