O Próximo "Boom" da Internet – Além da IA



Nos últimos anos, a inteligência artificial dominou os holofotes tecnológicos, principalmente após a popularização de modelos como o ChatGPT e ferramentas generativas de imagem, som e vídeo. No entanto, enquanto o mundo se adapta às novas possibilidades trazidas por essas IAs, uma nova onda de transformações começa a se formar silenciosamente em outras frentes — promissoras, complexas e interligadas à forma como vivemos, nos comunicamos e acessamos informação.

O próximo grande "boom" da internet pode não vir diretamente da IA, mas sim da convergência entre tecnologias emergentes como Web3, neurotecnologia, realidade aumentada, redes via satélite e biotecnologia conectada. Essas inovações estão moldando uma nova internet — mais imersiva, descentralizada, integrada ao corpo humano e acessível a todos, em qualquer lugar do planeta. Cada uma delas traz a promessa de alterar profundamente o modo como interagimos com o mundo digital.

Na Web3, por exemplo, vemos o surgimento de um modelo de internet que dispensa grandes intermediários e devolve o controle de dados e finanças aos próprios usuários. Já no campo da neurotecnologia, a conexão direta entre cérebro e computador pode redefinir os limites da comunicação humana. Ao mesmo tempo, os avanços em realidade estendida (XR) indicam que nossas interações com o mundo virtual serão cada vez mais físicas, visuais e sensoriais, substituindo as telas por ambientes inteiros.

Enquanto isso, projetos de internet via satélite caminham para democratizar o acesso à rede em escala global, levando conectividade até as regiões mais isoladas. E a biotecnologia conectada, por meio de sensores corporais inteligentes, promete um novo patamar de saúde personalizada, capaz de detectar doenças antes mesmo dos sintomas surgirem. Essas transformações são impulsionadas por redes mais rápidas, dados mais acessíveis e a crescente integração entre homem e máquina.

Este panorama mostra que estamos à beira de uma nova revolução digital — uma que vai além da inteligência artificial. O próximo grande "boom" da internet será marcado pela intersecção de tecnologias que, juntas, têm o potencial de remodelar não só nossas ferramentas, mas também nossos corpos, rotinas e estruturas sociais. Estar atento a essas tendências é essencial para quem deseja acompanhar (ou até liderar) a próxima fase da era digital.

Enquanto todos os olhos estão voltados para a inteligência artificial, outras revoluções silenciosas estão prestes a explodir — e transformar radicalmente como vivemos, trabalhamos e nos conectamos. Vai muito além da IA.

A nova internet será descentralizada (você no controle), imersiva (você dentro dela), ubíqua (em todo lugar) e biológica (conectada ao seu corpo).
Ela não será apenas algo que acessamos — será algo que vivemos.

Estamos prontos para isso?

O influenciador digital Felipe Neto publicou ontem um vídeo em que anuncia sua pré-candidatura à Presidência da República e a criação de uma nova rede social chamada "Nova Fala". O vídeo em si, acabou gerando um alvoroço nas redes sociais. Tem gente que acreditou, tem gente que não gostou e teve gente apenas compartilhou por compartilhar.


O vídeo contém diversas referências ao livro "1984", de George Orwell, incluindo termos como "Grande Irmão" e "Ministério da Verdade", sugerindo uma possível crítica à manipulação da informação e ao autoritarismo.


Sua iniciativa foi destinada a provocar reflexão sobre a disseminação de informações e a credulidade do público. Ao emular estratégias de desinformação e incorporar elementos de uma narrativa distópica, ele parece destacar como é fácil manipular a opinião pública e como a mídia pode ser suscetível a divulgar informações sem a devida verificação.


Essa abordagem ressalta a importância da leitura crítica das informações e da necessidade de verificar a veracidade das notícias antes de aceitá-las como verdadeiras. A referência ao livro "1984" é particularmente pertinente, pois a obra de Orwell explora temas como vigilância governamental, controle da informação e manipulação da verdade, questões que continuam relevantes no contexto atual de disseminação de fake news e polarização política. E nos quase três minutos de vídeo tinha muita crítica nas entrelinhas.


Eu, sendo jornalista por formação e por ter lido o livro, bastou apenas quinze segundos do vídeo para perceber a referência bibliográfica que ele estava utilizando ali.


E fica bem claro que grande parte da imprensa apenas replica tudo sem ao menos fazer uma pesquisa ou a checagem dos fatos. Tudo pelos cliques e visualizações.


O papel do jornalismo não é DAR a notícia, mas INFORMAR a notícia.

"Quem não é visto, não é lembrado"

 A frase "quem não é visto não é lembrado" carrega uma verdade que ressoa tanto na esfera pessoal quanto na profissional. Em um mundo onde as interações humanas estão cada vez mais mediadas por telas, redes sociais e ritmos frenéticos, a visibilidade ganha uma nova dimensão. Mas o que significa realmente "ser visto"? É apenas estar presente em eventos, redes ou grupos, ou vai além disso, envolvendo a construção de um legado e de conexões genuínas?

No cotidiano, somos constantemente lembrados de pessoas, marcas ou ideias que conseguiram ocupar um espaço em nossas mentes porque, de alguma forma, impactaram nossas vidas. Ser visto, nesse contexto, não é apenas uma questão de estar à mostra, mas de estar presente de maneira significativa. Não basta aparecer; é preciso ser relevante.

Por outro lado, a ausência pode ser um silêncio eloquente. A falta de visibilidade pode ser tanto um esquecimento quanto uma escolha consciente de se afastar dos holofotes para cultivar outros valores, outras relações. Assim, cabe refletir: estamos buscando ser vistos de forma superficial ou estamos trabalhando para deixar uma marca real na memória e no coração das pessoas?

A frase também nos leva a questionar como equilibramos a busca por visibilidade com a autenticidade. Afinal, vale a pena ser lembrado por aquilo que não somos? Talvez o segredo esteja em construir uma presença que reflita quem realmente somos e no impacto que geramos nos outros. Assim, mesmo na ausência, continuamos a ser lembrados, não por estarmos constantemente em evidência, mas por termos feito a diferença quando estivemos presentes.

Os Perigos da Lei Marcial na Coreia do Sul: Um Olhar sobre o Passado

 

A imposição da lei marcial na Coreia do Sul tem sido marcada por momentos de grande instabilidade e violência, deixando profundas cicatrizes na história do país. Compreender os perigos desse decreto é fundamental para valorizar a democracia e os direitos humanos.

O que é Lei Marcial?

A lei marcial é um decreto de exceção que concentra poderes extraordinários nas mãos do governo, suspendendo garantias constitucionais e impondo restrições às liberdades civis. Seu objetivo declarado é restaurar a ordem em situações de crise, mas na prática, ela pode ser utilizada para reprimir dissidências e consolidar o poder autoritário.

Os Perigos da Lei Marcial na Coreia do Sul

  • Repressão brutal: A história da Coreia do Sul está marcada por episódios de repressão violenta contra manifestantes e opositores políticos durante períodos de lei marcial. O Massacre de Gwangju, em 1980, é um exemplo trágico, onde milhares de civis foram mortos pelas forças armadas.
  • Violação dos direitos humanos: A lei marcial permite a detenção arbitrária, a tortura, a censura e a proibição de manifestações. Essas violações sistemáticas dos direitos humanos criam um clima de medo e insegurança na sociedade.
  • Consolidação do autoritarismo: Ao concentrar o poder nas mãos de poucos, a lei marcial facilita a instauração de regimes autoritários e a supressão da oposição política.
  • Estagnação econômica e social: A instabilidade política gerada pela lei marcial pode afugentar investimentos, prejudicar o crescimento econômico e agravar as desigualdades sociais.
  • Dificuldade em construir uma democracia consolidada: A experiência da Coreia do Sul demonstra que a imposição repetida da lei marcial dificulta a construção de instituições democráticas sólidas e a consolidação do Estado de Direito.

Lições do Passado

A história da Coreia do Sul serve como um lembrete dos perigos da lei marcial e da importância de proteger os direitos humanos. A luta pela democracia e por uma sociedade mais justa é um processo contínuo que exige vigilância e participação cidadã.

É fundamental que a sociedade civil esteja atenta a qualquer tentativa de restringir as liberdades democráticas e que os governos sejam responsabilizados por suas ações.

Em resumo, a lei marcial representa uma ameaça grave às liberdades individuais e à democracia. É um instrumento que, historicamente, tem sido utilizado para reprimir dissidências e consolidar o poder autoritário.

Rio Grande do Sul, Solidariedade e as Fake News

Eu não ia comentar nada disso aqui, mas a gente vê tanta coisa desnecessária em meio a tragédia lá no Rio Grande do Sul que é revoltante. Tem gente que não respeita a dor do outro, não tem um pingo de empatia pelo próximo.

Primeiro de tudo: quem está de fora, em outros estados, não tem ideia do tamanho da destruição que a enchente causou para o povo gaúcho. Quem está de fora, não tem ideia do 1/3 de quem está vendo lá atuando na linha de frente e salvando vidas. Tem imagens que vão ser lembradas por eles para sempre. Sabemos que infelizmente tem gente que não conseguiu se salvar, que perderam suas vidas, seus pertences, suas roupas, documentos, pets, perderam exatamente tudo o que levaram uma vida para conseguir cada coisa ali. Tem gente que está com a casa coberta de água e está ajudando nos resgates. 

Não precisam ficar gravando vídeos e postando em outras redes sociais que a mídia não está mostrando isso ou aquilo. Existe uma coisa chamada código de ética em cada veículo de imprensa. Não é que eles não queiram mostrar, eles não podem. E não devem. Por respeito às famílias das vítimas. Imagina a seguinte situação: uma emissora de TV qualquer filma um corpo lá boiando, passa na mídia nacional, ou seja, o Brasil inteiro vai ver e é um conhecido seu, ou até mesmo um familiar. Você gostaria de ver/saber que isso está sendo transmitido nacionalmente? Com certeza não. Seria algo doentio se isso acontecer. O mesmo vale para o pessoal que fala que tem corpos boiando em tais lugares e algumas pessoas nos comentários pedem prova. Gente, isso é doentio. Beira a psicopatia.

É tanta fake news que mais atrapalha do que ajuda quem realmente está necessitando. A extrema direita é uma máquina de espalhar fake news. Quando fala em limitar o uso e colocar regras nas big techs, eles são os primeiros a reclamar que não tem necessidade de tal coisa. Se não tiver tais regulações é mais fácil para eles compartilharem essas fake news.

Não teve um político de direita que sequer organizou uma vaquinha para ajudar as vítimas do sul, não moveram um dedo para ajudar. Também teve um coach aí que espalhpu fake news, mas algum tempo atrás ele colocou a vida de 32 pessoas em perigo por fazer uma expedição em uma montanha em um dia que tempo não estava dos melhores. Mais para espalhar fake news eles são ótimos, eles tem que ser punidos. Isso vale para qualquer um, já chega. A fake news que se espalha, mata alguém de alguma forma. Quem mais eles vivem criticando são os que mais estão ajudando.

O youtuber Felipe Neto lançou uma chave pix para arrecadar dinheiro para comprar purificadores de água e os bolsonaristas denunciaram a chave pix que poderia ser uma possível fraude. Olha o nível dessas pessoas. 

O Whindersson Nunes é outro influenciador grande que por meio de uma vaquinha conseguiu arrecadar dinheiro para ajudar as vítimas lá. Tem vários outros influenciadores menores que estão arrecadando dinheiro para comprar água, remédios e etc e enviar para  as cidades afetadas. Empresas grandes doando o que podem. O Brasil inteiro se mobilizando para ajudar quem perdeu exatamente tudo e tem gente filha da puta que só atrapalha. É fácil criticar quem está ajudando enquanto uns estão com a bunda no sofá. 

Outra coisa doentia, é gente querendo fazer humor em cima da dor do outro. Parem com isso, pois é patético. E pior do que isso é político encenando resgate de uma criança para ter conteúdo para se auto promover na época das campanhas eleitorais. 

Não adianta falar que o exército não está ajudando ou isso e aquilo. Não adianta todo mundo querer ajudar no mesmo lugar. Amplia a área de busca/cobertura para localizar mais pessoas. Não adianta querer ir de barco para fazer resgate onde já tem muita gente, sendo você civil ou da brigada militar e gravar vídeo falando que não te deixaram ajudar. São mais de 300 municípios afetados pelas enchentes. Lugar que precisa de ajuda é o que não falta. 

Antes de culparem o governo federal, procurem focar no governo do estado e outros políticos do estado. Existe uma hierarquia na política também. Se for para cobrar alguém, cobre os políticos locais que não enviaram um projeto para o governo federal. 

Quem mais atrapalha do que ajuda é doente. Se vocês aí que estão atrapalhando e causando tumulto não vão ajudar em nada, então fiquem quietos. Independentemente se você gosta ou não da esquerda brasileira, sabe quem vem te salvar quando o “calo aperta”? A mesma esquerda que muitos detestam.