A cada ano que passa me impressiono cada vez mais com o conteúdo de entretenimento que a televisão brasileira tem a oferecer para as famílias e até mesmo para as crianças. Esses programas são praticamente inexistentes e quando ocorrem é sempre em um determinado período do ano.
Programas como ‘A Fazenda’ e ‘Big Brother’ deixaram de oferecer ao telespectador um conteúdo informativo para oferecer um conteúdo cada vez mais ousado e vulgar em busca de audiência. Engana-se quem pensa que esse conteúdo ousado é exibido somente na mídia nacional. Criticam tanto as novelas, mas desses reality's shows ninguém comenta nada. E ainda dizem que isso é entretenimento. Entretenimento? Onde?
Qual o propósito parar para assistir um programa onde pessoas desconhecidas vivem juntas numa espécie de cativeiro e expõe toda a sua vida para milhares de pessoas? Está cada vez mais difícil descobrir a resposta para tal pergunta.
Aos poucos esse tipo de conteúdo oferecido para os telespectadores em seus aparelhos televisivos está ganhando cada vez mais espaço. As pessoas insistem em assistir a vida alheia por meio de um programa de televisão aonde não irá se aproveitar absolutamente nada. Por que há tanta credibilidade nesses programas televisivos que não tem nenhuma utilidade após seu termino?
Curiosidade e fama acessível são as duas únicas coisas que estes programas podem oferecem ao telespectador. O que vemos em nossos televisores são um show de realidade ensaiado, em que atualmente insistem em dizer que não existem roteiros, que tudo ali, dentro do ‘cativeiro’ vigiado por câmeras 24 horas por dia, acontece naturalmente.
Aqui fora o assunto é outro. Os telespectadores julgam fulano ou sicrano, falando que ele é isso ou aquilo simplesmente por não ter rolado uma simpatia. Quem está de fora esquece que quem está lá dentro está concorrendo um prêmio em dinheiro e eles são, ao mesmo tempo, atores e peças do jogo.
Aqui fora o assunto é outro. Os telespectadores julgam fulano ou sicrano, falando que ele é isso ou aquilo simplesmente por não ter rolado uma simpatia. Quem está de fora esquece que quem está lá dentro está concorrendo um prêmio em dinheiro e eles são, ao mesmo tempo, atores e peças do jogo.
É óbvio que ao falar sobre assuntos polêmicos dentro desses programas, existe toda uma questão de interesses comerciais que dão mais audiência com o linguajar vulgar na mídia televisiva. A única realidade que se torna contraditória nestes programas é que ao invés das emissoras melhorarem a qualidade de seus programas, elas apelam para uma programação vulgar e cada vez mais de baixo nível. E fica no ar uma pergunta: cadê a cultura que o brasileiro deveria ter?
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